Meus Bordados
Bordar não me cansa,
Não me gasta
Quanto mais eu bordo
Meu corpo se fortalece
Se enriquece e se anima
A verdade é que
Sempre fiz bordados
No meu coração.
Não quando tenho vontade,
Mas quando sou impulsionada,
Provocada...
A provocação é a fonte dos meus bordados,
Se um amor a mim é declarado
Ou se percebo nas entrelinhas
Lá vou eu pegar a agulha e as linhas
Quando uma notícia triste ou alegre
Chega a mim
Recorro ao ofício de bordar
Para suportar a tristeza
Ou para degustar a alegria
O que me encanta
É que jamais bordei sozinha,
Deus Uno e Trino
Borda comigo
Há dias em que
Não bordo nada.
Meu coração então
Se alimenta dos bordados alheios
E, mesmo quando os bordados alheios
Não me alimentam,
A Trindade Santa,
Ainda que por vezes
Eu não reconheça,
Vem bordar em mim
E no verso e reverso do bordado divino
Eu me reinvento.
Sem demora,
O ofício de bordar no coração
Me toma de novo.
Gilmara Belmon
Lindo demais! A sabedoria divina e que te impulsiona a escrever coisa tão bonitas. DEUS te abençoe e a sabedoria continue te usando para emocionar tanta gente.
ResponderExcluirQuerida poeta e amiga... Tão especial é ler seus bordados poéticos... E esse bordado, especialmente, teceu em mim gratidão e alegria, pois minha filha recentemente aprendeu a arte do bordado de linhas e agulhas e tem se expressado através dele... E eu voltei a me inspirar e tecer o bordado dos sentimentos através das palavras escritas, alimentando meu coração na leitura dos bordados de escritores e poetas como você! Obrigada! Mil vezes, OBRIGADA!
ResponderExcluirResume a roda da vida, ao construir, desconstruir e reconstruir. Fala de fé e resiliência! Lindo me sentir dentro do bordado.
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