O infinito


 No infinito

busquei razões para 

aceitar a finitude


No eterno

busquei razões 

para aceitar o efêmero.


Na minha efemeridade,

tenho o eterno como horizonte


Na perfeição 

busquei razões

para aceitar as limitações


Minhas buscas só têm sentido

porque algo maior que eu 

me conduz,

me move e interpela


A consciência do meu inacabamento

me faz sair de mim,

por isso eu amo o vazio, a fome,

a sede, a saudade

Tudo isso assusta, porém inquieta


Viver é um constante mover de quem,

inquieto pela finitude, tem sede do infinito.



Gilmara Belmon

Foto : Maria Aparecida Costa


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