Poesia Revoltada
Não há beleza na corrupção
Seja ela do político ou da população.
Não há beleza na desigualdade social
Nem naqueles que semeiam o mal.
Não há beleza no sofrimento do povo
Causado pelo descaso com a coisa pública.
Mas há poesia!
Uma poesia revoltada,
Indignada...
Triste...
Uma poesia sem palavras,
Só com gritos de quem sabe
Qua a única via é lutar!
Uma poesia séria e sem graça,
Absurdamente enraivada.
Eu grito enquanto escrevo,
Porém a minha sensatez me pede silêncio!
Silêncio para que eu escute o inaudível
E enxergue o invisível.
Quando eu leio essa poesia
sem beleza e indignada
Não recitada, mas esbravejada,
Eu olho para a realidade que ela aponta
e escrevo dentro de mim:
Eu luto e labuto para que ela
não continue assim.
Gilmara Belmon
Foto: Tamires Ribeiro
Local: Amélia Rodrigues
Que bom que a poesia nos habita para indignar e manifestar.
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