Às mulheres que ousam

Somos daquelas que não dão guarita ao medo,
Os nossos sonhos não podem esperar
A fé que temos na humanidade
Nasce e renasce em nós todos os dias,
Sobrevivendo ao discurso de que
Ao mundo não tem mais jeito a dar
Mas como o mundo não tem mais jeito,
Se nós estamos aqui?
Olhamos quem está a nossa volta,
em nosso caminho
e chamamos para desbravar a vida
Olhamos o que há em nossa volta,
em nosso caminho
E abraçamos para enfrentar a vida
Ousamos sonhar
Ousamos semear
Ousamos nos dizer
Ousamos resistir
Recusamos à tentação de simplesmente existir
Temos fome do horizonte
e não obstante a sua lonjura,
A gente segue caminhando
Ai de nós se estagnarmos!
Somos movidas pela fé,
Pela esperança,
Pelo desejo de transformar
E, transformando,
Transformamo-nos também!
Somos daquelas cujos olhares enxergam além
Quem não consegue ver o que vemos
Nos chamam de loucas, bruxas, fadas, subversivas, sonhadoras, perturbadas
Mas sigamos teimosas e persistentes,
Há quem só enxergue o horizonte
por causa da luta da gente.
Gilmara Belmon
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